25.8.13

Fiat lux!

Quem vai e atravessa a ponte
E corta para o Mourisco
Não vê a ponta de um corno…
- Podes voltar (tás perdoado!), doutor Francisco.

Esta bem podia ser a primeira quadra de outra versão da canção Porto Sentido, do Rui Veloso. Isto é claro, se ele gostasse de fazer o seu passeio ou jogging nocturno na pista de marcha e corrida da zona ribeirinha de Vizela. Podia, sei lá, chamá-la Vizela Ressentida, se por acaso ele se interessasse pela coisa. Mas como ele não canta, canto eu.

Esta autarquia tem, está-se mesmo a ver, graves problemas com a luz... eléctrica, mas não só. Haverá quem diga que não foram iluminados pela graça divina. Eu não vou tão longe. Digo que lhes falta energia, brilho e clarividência. Ou um farol que os guie.

Mas o problema já vem de longe...
Recapitulemos.

Em 18 de janeiro, noticiava o RV: a “Autarquia de Vizela reduz iluminação pública para metade”
Depois dava a palavra ao senhor presidente que se alongava em explicações, mas  garantia que “a criminalidade em Vizela também não irá aumentar”, e rematava: “Não temo nenhuma contestação e estamos aqui para resolver as situações que sejam pertinentes”.

Muito bem! Ficamos esclarecidos.

Porém, uma semana depois, o referido jornal, informava que “Dinis Costa recua nos cortes da iluminação pública”, confessando humildemente: “Faço um recuo, admito que dei um tiro no pé…” porque “segundo disse, “as pessoas têm razão””.

As pessoas, ou uma só pessoa?!!!

É que, avança a notícia, “Joaquim Meireles, presidente da Junta de Freguesia de Santa Eulália, já se tinha manifestado contra o corte na iluminação pública…” comparando-a com a cobrança das taxas de rampas, “outra das medidas que se confirmou como sendo anti-popular e que pode ter custado muito votos ao Partido Socialista.”

Ah! Assim está melhor. Agora ficamos perfeitamente elucidados! A autarquia podia até correr o risco de contribuir para o aumento da criminalidade, nunca para se expor a uma redução dramática dos votos no partido socialista.

Mas há mais.

No dia 9 de Junho no decorrer da Assembleia de Freguesia de Santo Adrião, António Costa, o presidente da junta, lamentava-se: “A iluminação deveria ter sido reposta a 28 de fevereiro. Estamos em junho e nada. Falei com o vereador Victor Hugo Salgado para me informar sobre o ponto de situação na altura em que iriam ter lugar as Festas da Senhora da Tocha e não me respondeu…”
E bem- digo eu. É que este não conta. Se perder votos, tanto melhor. As queixas dele caem na Câmara como num saco roto. E é bem feito – quem o manda fazer parte da lista da oposição?!

Resumindo e voltando ao ponto de partida: na zona ribeirinha, bem como na actual gestão camarária, há zonas muito escuras. Mas em contrapartida, há espaços que dá gosto ver, de tão brilhantes:  o court de ténis e a pista de petergolfe-a menina dos olhos da municipalidade- continuam iluminados toda a santa noite. 
Estará aí a razão porque  “o custo com a iluminação passou de 120 mil euros/ano para 400 mil euros/ano”?
Responda quem souber. A mim, apenas me compete, enquanto munícipe, desejar as melhoras ao nosso presidente - um tiro no pé ainda exige um tempo largo de recuperação. O que lhe vale é que a oposição não aperta muito. E o doutor Chico desistiu!…



O título é uma expressão latina, não o novo modelo dos automóveis de Turim. Quem se interessar que procure o significado.

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