Quem vai e atravessa a ponte
E corta para o Mourisco
Não vê a ponta de um corno…
- Podes voltar (tás perdoado!), doutor Francisco.
Esta bem podia ser a primeira quadra de outra versão da
canção Porto Sentido, do Rui Veloso. Isto é claro, se ele gostasse de fazer o
seu passeio ou jogging nocturno na pista de marcha e corrida da zona ribeirinha
de Vizela. Podia, sei lá, chamá-la Vizela Ressentida, se por acaso ele se interessasse
pela coisa. Mas como ele não canta, canto eu.
Esta autarquia tem, está-se mesmo a ver, graves problemas com
a luz... eléctrica, mas não só. Haverá quem diga que não foram iluminados pela graça divina. Eu
não vou tão longe. Digo que lhes falta energia, brilho e clarividência. Ou um
farol que os guie.
Mas o problema já vem de longe...
Recapitulemos.
Recapitulemos.
Em 18 de janeiro, noticiava o RV: a “Autarquia de Vizela
reduz iluminação pública para metade”
Depois dava a palavra ao senhor presidente que se alongava
em explicações, mas garantia que “a
criminalidade em Vizela também não irá aumentar”, e rematava: “Não temo nenhuma contestação e estamos aqui
para resolver as situações que sejam pertinentes”.
Muito bem! Ficamos esclarecidos.
Porém, uma semana depois, o referido jornal, informava que “Dinis Costa recua nos cortes da iluminação
pública”, confessando humildemente: “Faço um recuo, admito que dei um tiro no
pé…” porque “segundo disse, “as pessoas têm razão””.
As pessoas, ou uma só pessoa?!!!
É que, avança a notícia, “Joaquim Meireles, presidente da
Junta de Freguesia de Santa Eulália, já se tinha manifestado contra o corte na
iluminação pública…” comparando-a com a cobrança das taxas de rampas, “outra
das medidas que se confirmou como sendo anti-popular e que pode ter custado
muito votos ao Partido Socialista.”
Ah! Assim está melhor. Agora ficamos perfeitamente elucidados! A
autarquia podia até correr o risco de contribuir para o aumento da
criminalidade, nunca para se expor a uma redução dramática dos votos no
partido socialista.
Mas há mais.
No dia 9 de Junho no decorrer da Assembleia de Freguesia de
Santo Adrião, António Costa, o presidente da junta, lamentava-se: “A iluminação
deveria ter sido reposta a 28 de fevereiro. Estamos em junho e nada. Falei com
o vereador Victor Hugo Salgado para me informar sobre o ponto de situação na
altura em que iriam ter lugar as Festas da Senhora da Tocha e não me respondeu…”
E bem- digo eu. É que este não conta. Se perder
votos, tanto melhor. As queixas dele caem na Câmara como num saco roto. E é
bem feito – quem o manda fazer parte da lista da oposição?!
Resumindo e voltando ao ponto de partida: na zona
ribeirinha, bem como na actual gestão camarária, há zonas muito escuras. Mas
em contrapartida, há espaços que dá gosto ver, de tão brilhantes: o court de ténis e a pista de petergolfe-a menina dos olhos da municipalidade-
continuam iluminados toda a santa noite.
Estará aí a razão porque “o custo com a iluminação passou de 120 mil
euros/ano para 400 mil euros/ano”?
Responda quem souber. A mim, apenas me compete, enquanto munícipe, desejar as
melhoras ao nosso presidente - um tiro no pé ainda exige um tempo largo de
recuperação. O que lhe vale é que a oposição não aperta muito. E o doutor Chico
desistiu!…
O título é uma expressão latina, não o novo modelo dos
automóveis de Turim. Quem se interessar que procure o significado.
Sem comentários:
Enviar um comentário