Uma das manchetes dos jornais de hoje foi o desaparecimento misterioso de
uma candidata à câmara. Num primeiro relance ao expositor, pensei: deve ser gralha da
tipografia, ou lá do maquinismo em que se imprimem os jornais, trocaram o
género: isto só pode tratar-se do doutor chico.
Depois de ler o primeiro parágrafo verifiquei que me tinha enganado. Que
as semelhanças entre os dois casos se ficavam pelo título. O resto era até
completamente antagónico.
No caso de Mirandela, o assunto é sério e não do género da palhaçada que
o doutor andou para aí a protagonizar.
Na ocorrência transmontana, o acontecimento está a gerar angústia e
preocupação; no caso que nos toca, foi fonte de alívio para muito boa gente. E
de chacota, para outros. Pelo que se diz, andava alguém com o rabinho apertado.
No caso de Mirandela sabe-se que a judiciária se encontra a proceder a
investigações. Como é habitual, de resto. Aqui, até se diz que a investigação
antecedeu o desaparecimento. O que me custa a crer. Não é que duvide da
eficiência dos agentes da lei, mas daí a serem bruxos… Em caso algum, os
efeitos podem vir antes das causas. Ou não é assim?
Certo, certo é que ambos se encontram desaparecidos.
O nosso episódio, contudo, não deixou de ser apaixonante. Durante semanas
a fio não se discutiu outro assunto, fosse nas mesas de café, fosse nos bancos
da praça, nos privados dos restaurantes ou no sigilo das sedes partidárias.
Traçavam-se cenários, forjavam-se conjunturas, teciam-se conjeturas, eu sei
lá!...
Tanto barulho para nada!
O homem aparece, faz promessas e ameaças e depois desaparece numa nuvem
de mistério. Faz-me lembrar os cometas que ciclicamente rasam a órbita da terra
aos quais os crédulos e os ignorantes atribuem propriedades catastróficas e
efeitos apocalípticos. Após a sua passagem verifica-se que tudo não
passou de um logro. Que os receios eram infundados e que afinal a vida segue o
seu ramerrão habitual.
Com o aparecimento das novas tecnologias já nem as crianças acreditam
nestes dragões de fumo. Podem, no entanto causar sensação como atração de
feira. E as festas da cidade estão à porta…
No caso de Mirandela, o assunto é sério e não do género da palhaçada que o doutor andou para aí a protagonizar.
Na ocorrência transmontana, o acontecimento está a gerar angústia e preocupação; no caso que nos toca, foi fonte de alívio para muito boa gente. E de chacota, para outros. Pelo que se diz, andava alguém com o rabinho apertado.
No caso de Mirandela sabe-se que a judiciária se encontra a proceder a investigações. Como é habitual, de resto. Aqui, até se diz que a investigação antecedeu o desaparecimento. O que me custa a crer. Não é que duvide da eficiência dos agentes da lei, mas daí a serem bruxos… Em caso algum, os efeitos podem vir antes das causas. Ou não é assim?
Certo, certo é que ambos se encontram desaparecidos.
O nosso episódio, contudo, não deixou de ser apaixonante. Durante semanas a fio não se discutiu outro assunto, fosse nas mesas de café, fosse nos bancos da praça, nos privados dos restaurantes ou no sigilo das sedes partidárias. Traçavam-se cenários, forjavam-se conjunturas, teciam-se conjeturas, eu sei lá!...
Tanto barulho para nada!
O homem aparece, faz promessas e ameaças e depois desaparece numa nuvem de mistério. Faz-me lembrar os cometas que ciclicamente rasam a órbita da terra aos quais os crédulos e os ignorantes atribuem propriedades catastróficas e efeitos apocalípticos. Após a sua passagem verifica-se que tudo não passou de um logro. Que os receios eram infundados e que afinal a vida segue o seu ramerrão habitual.
Com o aparecimento das novas tecnologias já nem as crianças acreditam nestes dragões de fumo. Podem, no entanto causar sensação como atração de feira. E as festas da cidade estão à porta…
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